quarta-feira, 30 de maio de 2012

CARTA DE AMOR DE UM QUÍMICO!!!

Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2000. 
 Querida Valência: 
 Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável. Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, comp artilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente: "Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você. Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel que digo, pois saiba qe eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia. Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva. Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl. 
 Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas. 
 Abrácidos do: Leantânio

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ENEM CHEGANDO!!!

ATENÇÃO TERCEIRÃO!!!
O ENEM ESTÁ CHEGANDO, E ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE SE PREPARAR...E NESTE LINK TERÃO UMA OPÇÃO INTERESSANTE!!!!
http://www.cursoenem.org.br/

terça-feira, 22 de maio de 2012

QUAIS SÃO OS PERIGOS DO MICROONDAS?


Antes de mais nada, é preciso muito cuidado ao usar o aparelho para aquecer água. Dentro dele, o líquido atinge a fervura sem entrar em ebulição - isto é, sem fazer bolhas. Resultado: tocar o recipiente desencadeia uma ebulição repentina, como uma explosão, provocando queimaduras graves. Outro cuidado essencial é evitar recipientes de plástico comum, em especial para alimentos com gordura. Ela faz com que o plástico, em alta temperatura, libere gases como a cancerígena dioxina. O correto é usar vidro temperado e porcelana - ou plásticos especiais para microondas. E tem mais: "A porta do forno é revestida com uma borracha que absorve as microondas, impedindo-as de vazar. Mas, depois de cerca de quatro anos de uso, essa borracha se desgasta.
Por isso, não se deve ficar olhando de perto o funcionamento do forno - coisa que as crianças fazem com freqüência - porque os olhos possuem muita água, cujas moléculas também são agitadas e aquecidas pelas microondas", afirma o engenheiro eletrônico José Kleber da Cunha Pinto, da Universidade de São Paulo (USP). Outra recomendação é não deixar de usar o fio-terra. "Como a voltagem desse aparelho é muito alta (cerca de 2 400 volts) e sua carcaça é metálica, pode dar um choque fortíssimo se não houver fio-terra instalado", diz José. Além disso, o forno deve ter um prato giratório - se não, como as ondas são emitidas de um só ponto para se propagarem por todo o aparelho, pode ocorrer o superaquecimento de uma parte do recipiente, fazendo-o quebrar ou explodir.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PRESENTES NO CIGARRO.


Eu não fumo e também não tenho nada contra quem fuma (a não ser perto de mim), mas achei legal postar algumas substâncias químicas presentes em um cigarro, a lista é grande e tem muitas substâncias extremamente tóxicas. Confiram:
Acetaldeído – Produto metabólico primário do etanol no processo de transformação em ácido acético. É um dos agentes responsáveis pela ressaca.
Acetona - Solvente inflamável.
Ácido cianídrico - Cianeto altamente venenoso (bloqueia a recepção do oxigénio pelo sangue).
Acroleína - Componente que provoca o mau hálito na boca.
Alcatrão -  Substancia tóxica e cancerígena que ajuda ao desenvolvimento de vício. Ele obstrui as vias respiratórias.
Amoníaco - Químico perigoso utilizado em produtos de limpeza.
Arsénico - Componente altamente nocivo – veneno puro.
Benzopireno – Substância cancerígena que ajuda no processo de combustão – faz com que o cigarro não se apague.
Butano - Gás incolor, inodoro mas altamente inflamável.
DDT - Agrotóxico.




Dietilnitrosamina - Causador de lesões hepáticas.
Fenol – Ácido carbólico que corroi e irrita as nossas membranas mucosas. Caso fosse ingerido ou inalado era mortal! Para além de ser corrosivo afecta também o nosso sistema nervoso central.
Formol
Metais pesados -  Chumbo e cádmio. Um único cigarro contém 1 a 2 mg, pelo que como a média de vidadestas substancias é de 10 a 30 anos, reduz a capacidade dos pulmões. Entre outros problemas também causa: dispnéia, fibrose pulmonar, enfisema, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago.
Metanol - Álcool metílico usado como combustível de foguetes e automóveis.
Monóxido de carbono - Gás inflamável e extremamente radioativo.
Naftalina - Substância cristalina branca, volátil, com odor característico antitraça.
Nicotina - É um alcalóide que também é usado como insecticida. Apesar de cheirar mal constitui o princípio activo do tabaco, sendo a substancia que provoca o vício e o cancro nos pulmões.
Níquel - Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes – resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..
Pireno - Hidrocarboneto Cancerígeno – Utilizado como aromatizante.
Polônio – Extremamente radioativo.
Claro que existem mais substâncias tóxicas em um cigarro, mas não consegui achar as outras, quem souber por favor deixa nos comentários.

A QUÍMICA DO SEU CORPO.


Você sabia que seu corpo, ou de qualquer outro ser humano que conheça são um amontoado de elementos que não custam nem R$ 150. O que não tem preço, claro, é o jeito que tudo isso se organiza para formar você. Veja abaixo os elementos que constituem o corpo humano e sua proporção.
Carbono – 23% – 16 quilos
O que é a vida? O efeito colateral de uma propriedade dos átomos de carbono. Eles se juntam naturalmente em cadeias grandes e complexas. E seu corpo, em última instância, é uma dessas cadeias. Se o DNA fosse uma árvore, o carbono formaria os galhos. E esses galhos somos nozes: os vemos na forma de músculos, pele, cabelos…
Cálcio – 1,4% – 1 quilo
Não é só de dentes e ossos que se faz o cálcio no corpo humano. O minério mais abundante do organismo tem outras funções tão importantes quanto: sem ele, o sangue não coagularia e não conseguiríamos mover os músculos.
Fósforo – 0,83% – 580 gramas
No nosso corpo, o fósforo está longe de causar explosões. O que ele faz é armazenar e transportar energia dentro das células (e entre elas). Mesmo assim, só 20% do fósforo do organismo está nas células e no fluido em que elas boiam. Os outros 80% combinam-se com o cálcio para formar ossos e dentes.
Nitrogênio – 2,6% – 2,22 litros
O nitrogênio se junta com carbono para formar o ácido nucleico, coisa que você conhece como DNA, a supermolécula que organiza todos os ingredientes destas páginas na forma de uma estrutura bem especial, capaz de criar cópias de si mesma, se reproduzir. Em outras palavras, uma estrutura viva.
Água – 55% – 38,5 litros
Sem água não há vida porque é boiando na água que as moléculas do corpo se encontram e reagem quimicamente – a transformação de ar em energia via respiração é uma dessas reações. E claro: os 6 litros de sangue correndo aí para transportar nutrientes são 92% água.




Enxofre – 0,2% – 140 Gramas
O enxofre não deve ser subestimado e reduzido a um gás fedorento – pelo menos não quando está no organismo. Aqui ele não aparece na forma gasosa, mas sempre ligado a outros átomos. E compõe proteínas como a insulina, que transporta a glicose do sangue para servir de combustível às células.
Cloro e sódio – 0,27% – 195 Gramas
Juntos, o cloro e o sódio formam o sal. Mas no corpo eles trabalham separados. São como válvulas: não deixam faltar nem sobrar água nos tecidos do organismo. O sódio também é uma das peças envolvidas na contração muscular – para isso ele atua com o elemento aqui embaixo.
Potássio – 0,2% – 140 Gramas
Quando o sistema nervoso envia um sinal para que um músculo seja contraído, começa um movimento dentro das células: o potássio sai e o sódio entra. Essa troca da guarda gera o movimento. Por isso, a deficiência (ou o excesso) de potássio pode causar paralisia.
Metais – 0,009% – 6 Gramas
Ferro, zinco, cobre… Você também é feito de metal. O corpo usa 7 deles para funcionar. Ferro é o mais abundante (4,2 g): ele se junta com proteínas para formar nossos glóbulos vermelhos, os veículos que transportam oxigênio pelo corpo. O zinco, 2º mais presente (2 g), entra na receita dos glóbulos brancos, os soldados do sistema imunológico.
Isso tudo equivale à um adulto de 70 quilos.
Fonte: Super Interessante

FÓRMULAS ESTRUTURAIS.


quimica-organica-cadeia

Simplificações para Fórmulas Estruturais

Às vezes a fórmula estrutural plana de um composto orgânico pode se tornar muito grande e complexa se representarmos todas as ligações entre os átomos. Por esta razão é comum simplificarmos as fórmulas não mostrando algumas ligações, colocando-se apenas um átomo ao lado do outro.
Também é possível representar a cadeia carbônica por linhas em ziguezague formando vértices. Cada vértice indica um átomo de carbono.
Os átomos de hidrogênio que se encontram ligados aos átomos de carbono não são representados, pois é preceito preestabelecido que as ligações de carbono que estiverem faltando estão sendo feitas com hidrogênio.
Apenas átomos diferentes de carbono e hidrogênio são representados por seus símbolos e são ligados à cadeia carbônica por uma linha menor do que aquela que forma o ziquezague.
As ligações duplas e triplas são representadas normalmente.
Observe alguns exemplos:
exemplos formulas estruturais
Em compostos cuja molécula apresenta cadeia cíclica podemos levar simplificar desenhando apenas a forma geométrica da cadeia tendo em vista as seguintes considerações:
Cada vértice da figura geométrica representa um átomo de carbono, e alinha entres os vértices, o tipo de ligação. Se há um aligação dupla entre os àtomos de carbono no ciclo, ela deve ser representada por uma linha dupla.
Átomos de hidrogênio não precisam ser representados, pois fica implícito que as ligações que faltam estão sendo feitas com hidrogênio.
Outros átomos, ou grupos de átomos diferentes de hidrogênio, devem ser representados com suas respectivas ligações.

Classificação de Carbonos

A classificação de determinado átomo de carbono (que faz 4 ligações simples) em uma cadeia carbônica apresenta como único critério o número de carbonos que estão ligados a ele.

Assim temos:
  • Carbono Primário (P)
    É o átomo de carbono que está ligado a um único outro átomo de carbono;

  • Carbono Secundário (S)
    É o átomo de carbono que está ligado a dois outros átomos de carbono;

  • Carbono Terciário (T)
    É o átomo de carbono que está ligado a três outros átomos de carbono;

  • Carbono Quaternário (Q)
    É o átomo de carbono que está ligado a quatro outros átomos de carbono
Veja abaixo uma imagem ilustrando a classificação dos carbonos:
classificacao do carbono

quinta-feira, 17 de maio de 2012

OS PLÁSTICOS PODEM SER PERIGOSOS?


Pesquisas recentes indicam que substâncias químicas presentes em alguns tipos de plásticos usados comumente pela população podem causar danos à saúde humana. Artigo da CH de maio mostra os perigos da exposição a esses compostos.

Por: Sônia Corina Hess
Publicado em 14/05/2012 | Atualizado em 14/05/2012
Os plásticos podem ser perigosos?
O bisfenol A, substância química de reconhecida atividade hormonal, é empregado na fabricação de diversos tipos de plásticos, como os usados em garrafas de água mineral. (foto: Gabriella Fabbri/ Sxc.hu)
É crescente o número de substâncias químicas, presentes em plásticos, suspeitas de atuar como hormônios artificiais ou de interferir no sistema endócrino, levando a doenças e disfunções em adultos e crianças e a malformações em embriões. A questão desperta grande preocupação porque os plásticos são virtualmente onipresentes na vida humana contemporânea, sendo empregados na fabricação de uma infinidade de produtos, muitos deles destinados a crianças ou a hospitais.
É crescente o número de substâncias químicas, presentes em plásticos, suspeitas de atuar como hormônios artificiais ou de interferir no sistema endócrino
Em mulheres, a exposição a agentes artificiais que imitam o hormônio feminino natural (estrogênio) é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças como endometriose e câncer (de mama e de útero). Já a exposição de homens adultos a essas substâncias também pode causar câncer, além de levar à impotência ou induzir crescimento de mamas (ginecomastia) e redução do desejo sexual, dos níveis de hormônio masculino (androgênio) no sangue e do número de espermatozoides.
Substâncias artificiais quimicamente muito diferentes agem como interferentes no sistema hormonal. Por isso, é difícil predizer se um material apresentará essa propriedade a partir de sua estrutura química.
O dicloro-difenil-tricloroetano, inseticida conhecido pela sigla DDT, largamente utilizado por décadas e hoje de uso banido na agricultura, foi o primeiro produto químico artificial em que a atividade hormonal foi identificada. Ainda em 1949, foi relatado que homens que pilotavam os aviões usados para aplicar esse inseticida nas plantações apresentavam baixas contagens de espermatozoides. Desde então, outros compostos químicos que afetam o sistema hormonal humano foram descobertos.

Suspeitas crescentes

Os efeitos dos compostos presentes nos plásticos no organismo humano ainda estão sendo investigados, mas suspeita-se que eles tenham participação relevante em problemas de saúde que vêm se tornando mais frequentes na população mundial nas últimas décadas.
De 1990 a 2005, constatou-se um aumento de 19% na incidência mundial de câncer, doença responsável hoje por mais de 12% das mortes no planeta: estima-se que os vários tipos de câncer vitimem mais de sete milhões de pessoas por ano. No Brasil, os cânceres representam a segunda principal causa de mortes de mulheres e a terceira, no caso dos homens. Em 2009, segundo dados do Ministério da Saúde, 172.255 pessoas morreram de câncer no Brasil, o que representou 15,6% do total de mortes no país.
Pesquisas mostram que diversas anomalias congênitas em animais de laboratório e seres humanos são causadas por exposição a alguns compostos químicos artificiais
Estudos epidemiológicos também têm revelado que, nos últimos 60 anos, em alguns países, em especial os desenvolvidos, e principalmente na Europa, a contagem média de espermatozoides (por indivíduo) caiu à metade e que dobrou a incidência de malformações do sistema reprodutivo masculino em recém-nascidos.
Em relação às malformações congênitas, avalia-se que, em média, entre 3% e 5% das crianças nascem, no mundo, com esse tipo de problema. No Brasil, as malformações foram, em 2009, a segunda causa de falecimento de crianças até um ano: 18,3% do total de 7.817 mortes naquele ano. Entre 20% e 25% dessas malformações são atribuídas a causas genéticas, mas com frequência as causas não são identificadas. No entanto, pesquisas têm evidenciado que diversas anomalias congênitas em animais de laboratório e em seres humanos são provocadas por exposição a alguns compostos químicos artificiais, como bisfenol A, ftalatos e alquilfenóis.

Componente tóxico

Por muitos anos, o bisfenol A (BPA) tem sido uma das substâncias químicas de maior produção ao redor do mundo. É empregado na fabricação de diversos plásticos, presentes em muitos itens, inclusive mamadeiras, garrafas de água mineral, selantes dentários, latas de conserva, tubos para água, CDs e DVDs, impermeabilizantes de papéis e tintas. Todos esses materiais, ao sofrer a ação de processos físicos ou químicos, liberam bisfenol A em alimentos, em bebidas e no ambiente.
Mamadeira
A detecção do bisfenol A em mamadeiras feitas de policarbonato levou vários países, entre eles o Brasil, a proibir a fabricação e a venda desse artigo infantil com o composto. (foto: Flickr/ Tex Batmart – CC BY-NC-ND 2.0)
Essa substância, de reconhecida atividade hormonal, foi detectada, por exemplo, na saliva de pacientes tratados com selador dentário à base de resina derivada do BPA (uma hora após o tratamento e em quantidades suficientes para estimular a proliferação de células de câncer de mama), em mamadeiras de plástico (policarbonato) e sob condições semelhantes às do uso normal, em líquidos de latas de conservas de alimentos revestidas por resina contendo BPA (que também estimularam a proliferação das células de câncer de mama), em amostras de leite e na água mineral acondicionada em galões de policarbonato, entre muitos outros itens.
Pesquisa baseada na análise de fluidos corporais, nos Estados Unidos, encontrou o BPA em 95% das amostras e levou os pesquisadores a concluir que “a frequente detecção da substância sugere que os habitantes estão amplamente expostos a ela”. Os autores destacaram que as concentrações de BPA em fluidos corporais humanos são pelo menos mil vezes superiores às concentrações necessárias para a ocorrência dos efeitos em células descritos em estudos científicos.
Esses resultados, segundo os autores do estudo, indicam que a substância já deve estar provocando amplos efeitos biológicos em humanos. Particularmente preocupantes são os elevados níveis de BPA detectados em cordões umbilicais, no soro materno durante a gravidez e no fluido amniótico uterino durante o período de maior sensibilidade do feto aos efeitos danosos dos interferentes hormonais.

Sônia Corina Hess
Universidade Federal de Santa Catarina (campus de Curitibanos)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

NANOTECNOLOGIA!!!


Nanomáquinas

Elas são como as máquinas que inundam nosso cotidiano. Têm eixos, rolamentos, engrenagens e rodas, respondem a comandos e são alimentadas por energia. A diferença é que suas dimensões são da ordem do bilionésimo de metro.
Por: Célia Machado Ronconi
Publicado em 29/08/2011 | Atualizado em 29/08/2011
Nanomáquinas
As nanomáquinas já invadiram os laboratórios do mundo. Esse arsenal vem sendo recrutado para executar tarefas – na área médica, ambiental e farmacêutica – impossíveis para seus congêneres macroscópicos. (foto: Martin McCarthy/ istockphoto)
Uma máquina pode ser definida como um aparelho – formado por componentes, como motor, pistão, válvula e engrenagem – que executa uma tarefa ao ser fornecida a ele energia.
Máquinas permeiam nosso cotidiano. Por exemplo, acordamos ao som do despertador; preparamos café usando uma cafeteira elétrica; conferimos nossas mensagens de correio eletrônico no computador; andamos de carro, ônibus, metrô, avião, trem, barco... Máquinas nos ajudam a economizar e otimizar nosso tempo, para que possamos empregá-lo de outras maneiras.
Uma máquina molecular, também denominada nanomáquina – o prefixo nano (anão, em grego) indica que a máquina tem dimensões na ordem de um bilionésimo de metro (10-9m) –, pode ser descrita com base nos mesmos conceitos empregados para definir uma máquina macroscópica: dispositivo que executa determinada função ao receber um estímulo externo que pode ser elétrico, luminoso, químico ou térmico. Contudo, os componentes que formam uma nanomáquina são moléculas ou aglomerados de átomos.
As nanomáquinas podem ser naturais ou artificiais. As mais importantes – e mais estudadas – do primeiro tipo são a proteína miosina e a enzima F0F1-ATP sintase. Esta última, formada por proteínas, é uma das máquinas moleculares naturais mais eficientes conhecidas.
As principais nanomáquinas naturais são complexas e sofisticadas cujo funcionamento é responsável por processos vitais do organismo
Converte a energia que vem da molécula adenosina trifosfato (ou simplesmente ATP) em movimento rotacional com quase 100% de eficiência, percentual praticamente inalcançável no reino das máquinas macroscópicas.
A miosina, responsável pela contração e extensão muscular, pertence a uma classe de motores lineares proteicos que convertem energia química em trabalho, com base nos movimentos coletivos de seus componentes moleculares. São máquinas biológicas complexas e sofisticadas cujo funcionamento é responsável por processos vitais do organismo.

O primeiro protótipo

Inspirados por motores proteicos naturais, cientistas – entre eles, vários químicos – desenvolveram nanomáquinas artificiais – daí, merecidamente, serem, por vezes, chamados arquitetos ou engenheiros do mundo molecular.
Essas nanomáquinas de laboratório são ainda primitivas quando comparadas às naturais. Mas não podemos esquecer que a natureza levou milhares – ou milhões – de anos para que as nanomáquinas naturais pudessem realizar suas tarefas de modo eficiente.
O norte-americano Richard Feynman (1918-1988), Nobel de Física de 1964, é considerado o pai da nanotecnologia. Cerca de 20 anos depois de sua palestra profética e desafiadora em 1959, a equipe de Seiji Shinkai, da Universidade de Kyushu (Japão), construiu o primeiro protótipo de nanomáquina. No caso, uma molécula que funciona como uma chave liga-desliga acionada pela luz.
A partir desse primeiro protótipo de nanomáquina artificial, houve progresso gigantesco nessa área de pesquisa, principalmente devido à combinação de fatores como: i) o avanço de métodos de síntese (‘fabricação’) de substâncias orgânicas e inorgânicas; ii) o desenvolvimento de técnicas computacionais que permitem entender os tipos de ligações e interações químicas presentes nos sistemas; iii) o avanço de técnicas analíticas para caracterizar a estrutura das moléculas.
O grande sonho dos químicos que trabalham nessa área é construir nanomáquinas que sejam tão eficientes quanto as naturais
O grande sonho dos químicos que trabalham nessa área é construir nanomáquinas que sejam tão eficientes quanto as naturais e que executem tarefas como transporte de medicamentos para pontos específicos do corpo humano; localização e destruição de moléculas orgânicas tóxicas presentes no ar e na água; transporte mais rápido de informações etc.
Pode parecer ficção científica, mas muitos sistemas assim já foram fabricados. Entre os mais interessantes, estão nanomáquinas que exercem a função de músculos artificiais, caminhões, rotores, elevadores, válvulas etc. Todas são movidas por um combustível específico, que pode ser químico, fotoquímico, eletroquímico ou térmico.
Algumas dessas nanomáquinas: i) músculos moleculares artificiais, com componentes capazes de se contrair e se estender, com movimento similar aos músculos naturais; ii) caminhões moleculares, formados por rodas, chassi e eixos; iii) rotores à base de moléculas com duas partes que giram uma em torno da outra de forma controlada, de modo semelhante a um giroscópio; iv) nanoelevadores com plataformas moleculares que sobem e descem entre duas estações; v) nanoválvulas que lembram reservatórios com um componente móvel que se abre e fecha, como uma porta, liberando seu conteúdo.


Célia Machado RonconiLaboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia
Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense

ENERGIA VERDE!!!


Energia verde

Para reduzir a dependência de petróleo e a emissão de gases-estufa, pesquisadores do Instituto Nacional de C&T de Energia e Ambiente estudam a produção de combustíveis a partir de materiais vegetais e animais e seu emprego nos veículos que circulam no país. Essas pesquisas são tema de artigo na CH (CIÊNCIA HOJE).
Por: Lílian Lefol Nani Guarieiro, Ednildo Andrade Torres e Jailson Bittencourt de Andrade
Publicado em 19/09/2011 | Atualizado em 19/09/2011
Energia verde
A cana-de-açúcar é a biomassa mais utilizada na produção de biocombustível no Brasil. Atualmente, o álcool produzido a partir dela é usado na frota nacional tanto como combustível principal quanto misturado à gasolina. (foto: Jesuino Souza/ Sxc.hu)
A busca por combustíveis alternativos, que permitam reduzir a dependência dos derivados de petróleo e a emissão de poluentes para a atmosfera, estimula muitos estudos científicos. O objetivo é desenvolver combustíveis que possam ser utilizados nos veículos existentes sem a necessidade de maiores alterações em seus motores.
Um termo muito usado para combustíveis originados de fontes renováveis é ‘biocombustível’, que tem forte ligação com o conceito de sustentabilidade, segundo o qual o aproveitamento dos recursos naturais para atender às necessidades atuais não deve comprometer as necessidades das gerações futuras.
Os biocombustíveis são obtidos a partir da biomassa, nome dado à matéria orgânica existente em um ecossistema ou em uma população animal ou vegetal. Como plantas e animais podem ser continuamente reproduzidos, pode-se considerar que são fontes renováveis de energia.
As plantas, por meio da fotossíntese, transformam a energia solar que recebem em biomassa, e os animais a geram pela ingestão de matéria orgânica (de plantas ou outros animais).
Nos últimos 10 anos, o número de estudos científicos e tecnológicos sobre biocombustíveis cresceu de maneira exponencial
São diversos os tipos de biocombustíveis que podem ser produzidos a partir da biomassa, como o álcool (etanol e metanol), o biodiesel, o bioquerosene e outros, e as fontes para essa produção podem ser tanto de origem animal (por exemplo, sebo bovino ou gordura de frango) quanto vegetal (por exemplo, óleos vegetais e cana-de-açúcar).
Nos últimos 10 anos, o número de estudos científicos e tecnológicos sobre biocombustíveis cresceu de maneira exponencial, segundo o banco de dados Web Knowledge, do Instituto para a Informação Científica (ISI, na sigla em inglês).
Quadro ISI
Número de artigos que têm 'biocombustível' como palavra-chave publicados em periódicos nacionais e internacionais no período de 1998 a 2010. (fonte: Web Knowledge/ ISI)
Uma pesquisa mais refinada nesse banco de dados revela que os setores em que são realizadas mais pesquisas sobre esse tema são ‘combustíveis e energia’, ‘química’, ‘engenharia’ e ‘biotecnologia e microbiologia aplicada’.
A maior concentração nessas áreas talvez esteja ligada à otimização dos processos de produção dos combustíveis derivados de biomassa, visando melhorar a relação custo/benefício e a competitividade frente aos combustíveis fósseis e buscando uma cadeia sustentável de produção.
O etanol e o biodiesel são dois exemplos de biocombustíveis já utilizados na frota veicular brasileira e com normatização estabelecida no país. No caso do biodiesel, pode-se dizer que seu uso, puro ou misturado ao óleo diesel, não requer modificações nos motores de ciclo Diesel. No entanto, muitos estudos ainda são necessários para verificar a durabilidade dos componentes veiculares que entram em contato com esse tipo de biocombustível.
A maior concentração nessas áreas talvez esteja ligada à otimização dos processos de produção dos combustíveis derivados de biomassa
Já a utilização de etanol em motores ciclo Otto destinados a gasolina requer que o motor e seus componentes sejam ajustados para evitar perda de rendimento, entupimento de bico injetor e problemas de corrosão.
Atualmente, a gasolina comercializada no Brasil contém entre 18% e 25% de álcool anidro (sem água), e esses percentuais são alterados periodicamente em função da produção e para maior controle dos estoques e dos preços dos combustíveis.
No caso do biodiesel, desde 1º de janeiro de 2010 todo o óleo diesel comercializado no Brasil deve conter 5% de biodiesel, segundo a Resolução nº 6 (de 26/10/2009) do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). 



Lílian Lefol Nani Guarieiro 
Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
Instituto de Química (Universidade Federal da Bahia)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente
Ednildo Andrade Torres
Escola Politécnica e Centro Interdisciplinar de Energia e Ambiente (Universidade Federal da Bahia)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente
Jailson Bittencourt de Andrade 
Instituto de Química e Centro Interdisciplinar de Energia e Ambiente (Universidade Federal da Bahia)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente

NOTÍCIAS CIENTÍFICAS!!!


Vai um cafezinho, mamãe?

Consumo de cafeína por mulheres durante gestação e amamentação não interfere no sono dos bebês, indica pesquisa feita no Rio Grande do Sul.
Por: Célio Yano
Publicado em 08/05/2012 | Atualizado em 08/05/2012
Vai um cafezinho, mamãe?
Estudo realizado em Pelotas não comprova relação entre consumo de café por gestante e insônia no bebê. (foto: Pop Catalin/ Sxc.hu)
O conselho bastante comum dado a mulheres grávidas e lactantes de reduzir o consumo de café para não provocar insônia no bebê pode não passar de superstição.
Pesquisa com 885 crianças feita na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Rio Grande do Sul, mostrou que a qualidade do sono delas não foi afetada pela quantidade de cafeína ingerida pelas mães durante a gestação e nos três primeiros meses de amamentação.
O estudo, cujo resultado foi publicado recentemente na revista Pediatrics, se restringiu a bebês nascidos no ano de 2004 no município de Pelotas, esclarece a médica Iná da Silva dos Santos, uma das autoras do artigo.
A pesquisa permite questionar a ideia da agitação dos bebês provocada pelo café, que não é baseada em evidência científica
Por isso, ela ressalta que os resultados ainda não podem ser considerados definitivos. Ainda assim, a pesquisa permite questionar a ideia da agitação dos bebês provocada pelo café, que não é baseada em evidência científica, embora instituições médicas de vários países orientem gestantes e lactantes a não consumir mais que 300 mg de cafeína por dia.
Os pesquisadores entrevistaram as mães de todos os 4.231 bebês que nasceram em 2004 nos hospitais de Pelotas. Nas entrevistas, buscaram obter detalhes sobre seus hábitos de consumo de bebidas que contêm cafeína (como café e chimarrão), em cada um dos três trimestres de gestação.
Se respondiam que bebiam café, por exemplo, perguntava-se se o que consumiam era coado ou instantâneo, se consideravam forte ou fraco. “Com base nas respostas pudemos calcular quantos miligramas de cafeína eram ingeridos diariamente”, explica a médica, que integra o Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel.
Entre as participantes do levantamento, havia desde mulheres que não consumiam cafeína ou a consumiam em pequena quantidade, até as que ingeriam mais de 300 mg da substância por dia, o equivalente ao contido em aproximadamente meio litro de café.

Sono normal

Três meses depois dos nascimentos, os pesquisadores conseguiram entrar em contato novamente com 885 mulheres para saber sobre o comportamento de seus filhos.
Com o objetivo de apurar a qualidade do sono dos bebês, procuraram saber das mães o número de vezes em que seus filhos acordaram durante a noite nos 15 dias anteriores à entrevista.
Em média, as crianças dormiam 9,4 horas por noite e quatro horas durante o dia. Mais de 75,5% haviam acordado ao menos uma vez durante a noite, o que é considerado normal. Do total de mulheres entrevistadas, 13,8% relataram episódios frequentes de vigília noturna – quando os bebês acordavam mais de três vezes por noite.
Amamentação
Ingestão de cafeína durante os três primeiros meses da amamentação também não teve consequências no sono do grupo de bebês investigado. (foto: Carin Araujo/ Sxc.hu)
Considerando apenas o grupo de mães que tanto na gestação quanto na amamentação consumiam mais cafeína (acima de 300 mg por dia), a taxa de episódios frequentes de vigília noturna foi de 22,5%. Esse grupo era composto por 40 mulheres.
Grosso modo, isso poderia indicar a influência da cafeína no sono dos bebês. No entanto, explica Santos, quando se ajusta esse resultado a outras variáveis que também podem ter consequência sobre o sono, a diferença se torna estatisticamente insignificante.
Em relação a choro ou cólica, não foi observada diferença entre os filhos das mulheres que consumiam cafeína em grande ou pequena quantidade
Foram consideradas desde características biológicas e comportamentais até condição socioeconômica das mães, que poderiam interferir, por exemplo, no ambiente em que as crianças dormiam. “Levamos em conta dados da mãe como idade, cor da pele, escolaridade, renda familiar, número de partos anteriores e consumo de álcool, além do sexo do bebê”, diz a médica.
Em relação a episódios de choro ou cólica, não foi observada qualquer diferença entre os filhos das mulheres que consumiam cafeína em grande ou em pequena quantidade.
Antes desse trabalho, o grupo da UFPel já havia investigado a possibilidade de a cafeína prejudicar o desenvolvimento do feto e induzir nascimentos prematuros, comoalgumas pesquisas internacionais apontam. “Também não encontramos essas associações”, diz Santos.

Célio Yano
Ciência Hoje On-line/ PR

ISOMERIA ÓPTICA - 3ºano


Todos os isômeros possuem propriedades físicas diferentes, tais como PF, PE e densidade, mas os isômeros ópticos não possuem esta diferença, ou seja, as propriedades físicas dos isômeros ópticos são as mesmas. Então o que faz eles serem diferentes?
É possível diferenciá-los?

Sim, é possível diferenciá-los, mas apenas quando eles estão frente à luz polarizada.

Luz polarizada - é um conjunto de ondas eletromagnéticas que se propagam em apenas uma direção.
Uma lâmpada incandescente é um exemplo de fonte de luz não polarizada, pois a luz é emitida em todas as direções.
É possível polarizar luz não polarizada, bastando utilizar um polarizador, que terá a função de direcionar apenas uma direção da luz.
 luz não polarizada luz polarizada
esta seta de duas pontas, , significa a propagação da onda eletromagnética (luz polarizada) vista de frente.
Isômeros ópticos
Enantiômeros:
Os isômeros ópticos são compostos capazes de desviar a luz polarizada. Caso o isômero óptico provoque o giro da luz polarizada para a direita, o enantiômero é denominado dextrógiro (D, +). Caso o enantiômero provoque o giro da luz polarizada para a esquerda, o composto é denominado levógiro (L, -).
É necessário atenção, pois os enantiômeros não são superponíveis, assim como o levógiro não se superpõe ao dextrógiro.

O fato de um composto provocar o "giro" da luz polarizada, faz com que ele possua atividade óptica.
Atividade óptica só é possível em moléculas assimétricas, ou seja, moléculas que possuem carbono quiral (ou estereocentro).
o carbono quiral é marcado
com um asterísco (*),este
carbono possui todos os
ligantes diferentes.

Compostos enantioméricos, um é a imagem especular do outro, ou seja, um é a imagem refletida do outro. No entanto, eles não são superponíveis. Um exemplo disso, são as mãos, direita e esquerda. Uma é a imagem da outra, mas não são superponíveis. Tente verificar este fato com suas mãos, coloque uma na frente da outra. (Uma será a imagem da outra).
Agora tente colocar uma sobre a outra. (As mãos não são superponíveis, ou seja, os dedos polegares não ficam um sobre o outro). Considere isso como um exemplo para entender o fato da assimetria molecular.

Mistura racêmica é uma mistura de isômeros ópticos, ou seja, é uma mistura de 50% de levógiro e 50% de dextrógiro.

A quantidade de isômeros opticamente ativos, pode ser dada a partir da quantidade de carbonos quirais em uma molécula.
2 estereocentros
IOA- isômero óticamente ativo

IOA = 2n , sendo n o número de estereocentros.
Para a molécula dada, temos:

IOA = 22 = 4 , 4 isômeros ópticos ativos
*O texto e as figuras desta página foram produzidos por Miguel A. Medeiros. A reprodução destes, merece autorização ou referência ao autor. Além do endereço desta página. www.quiprocura.net

PROPRIEDADES DA ÁGUA - 2º ano.

Um material interessante que resume o que será estudado...
Propriedades da água

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÉTODOS SEPARAÇÃO MISTURAS - 1ºano.


Métodos de Separação de Misturas
Fonte: Luciano Camargo Martins - dfi2lcm@joinville.udesc.br

Os seguintes processos permitem a separação dos vários constituintes de uma mistura. Cada um destes processos tem uma utilização bem definida, dependendo do tipo e das propriedades dos componentes da mistura. A aplicação destes processos deverá ser pensada caso a caso. Poderão haver misturas que necessitem de mais do que um processo para a completa separação dos seus constituintes.
Decantação
Permite a separação de líquidos imiscíveis (que não se misturam) ou um sólido precipitado num líquido. Exemplos: água e areia e água e óleo vegetal.




Pode-se aproveitar a pressão atmosférica e a gravidade para auxiliar no processo de decantação. Um dos líquidos pode ser retirado por sifonação, que é a transferência, através de uma mangueira, de um líquido em um posição mais elevada para outra, num nível mais baixo.


Pode-se ainda usar-se o princípio da decantação para a separação de misturas sólido-gás (câmara de poeira). A mistura sólido-gás atravessa um sistema em zigue-zague, o pó, sendo mais denso, se deposita pelo trajeto.


Filtração
Este é um método de separação muito presente no laboratório químico e também no cotidiano. É usado para separar um sólido de um líquido ou sólido de um gás, mesmo que o sólido se apresente em suspensão. A mistura atravessa um filtro poroso, onde o material particulado fica retido. A preparação do café é um exemplo de filtração.


No cotidiano, o aspirador de pó é o melhor exemplo do processo de filtração. Separa partículas sólidas suspensas no ar aspirado.
Centrifugação
Para separar líquidos não miscíveis (que não se misturam) ou um líquido de um sólido insolúvel em suspensão. Para fazer uma centrifugação é preciso uma centrifugadora. Esta máquina faz rodar a mistura (na qual uma das partes tem que ser líquida) a alta velocidade, provocando a separação pela acção da força que é aplicada (do centro para fora). A separação dá-se devido às diferenças de densidades dos materiais. Normalmente uma centrifugação é seguida de uma decantação.
Ex: separar glóbulos vermelhos do plasma sanguíneo; separar a nata do leite.
Cristalização
Separa um sólido cristalino de uma solução. Na cristalização há uma evaporação do solvente de uma solução provocando o aparecimento de cristais do soluto.
Ex: o aparecimento do sal nas salinas.
Destilação
Separa líquido(s) de sólido(s) dissolvidos ou líquido(s) de líquido(s). Na destilação acontecem duas mudanças de estado consecutivas: uma ebulição (vaporização) seguida de uma condensação. Na ebulição é retirado da mistura o componente com o ponto de ebulição mais baixo, e na condensação esse componente volta à sua forma líquida. Existe um tipo de destilação, a destilação fraccionada, que permite a separação de vários líquidos com pontos de ebulição muito próximos.
Ex: obtenção de água destilada, aguardentes; separação dos diferentes componentes do petróleo.
Destilação fracionada
É um método de separação de líquidos que participem de mistura homogênea ou heterogênea. Quanto mais distantes forem os pontos de ebulição destes líquidos, mais eficiente será o processo de destilação. Eleva-se a temperatura até que se alcance o ponto de ebulição do líquido que apresente valor mais baixo para esta característica e aguarda-se, controlando a temperatura, a completa destilação deste. Posteriormente, permite-se que a temperatura se eleve até o ponto de ebulição do segundo líquido. Quanto mais próximos forem os pontos de ebulição dos líquidos, menor o grau de pureza das frações destiladas. A destilação fracionada é usada na obtenção das diversas frações do petróleo.


Nos alambiques, este tipo de destilação é usado na obtenção de bebidas como a cachaça e o uísque. Na destilação fracionada em laboratório usa-se um equipamento como o mostrado abaixo.


Cromatografia
Para separar substâncias com diferentes solubilidades num determinado soluto. Na cromatografia uma mistura é arrastada (por um solvente apropriado) num meio poroso e absorvente. Como diferentes substâncias têm diferentes velocidades de arrastamento num determinado solvente, ao fim de algum tempo há uma separação dos constituintes da mistura. Este processo é normalmente usado para pequenas quantidades de amostra.
Ex: separação dos componentes de uma tinta.
Separação magnética
Consegue separar componentes que tenham propriedades magnéticas dos que não as possuem. Aproveitam-se as propriedades magnéticas de um dos componentes da mistura para o separar dos outros.


Ex: areia e limalha de ferro; enxofre e limalha de ferro.
Extracção por solvente
Para usar este processo usa-se um solvente que só dissolve um dos constituintes da mistura.
Ex: extracção da cafeína do chá, usando clorofórmio; remover o iodo da água de iodo, com clorofórmio.
Catação
É um método de separação bastante rudimentar, usado para separação de sistemas sólido-sólido. Baseia-se na identificação visual dos componentes da mistura e na separação dos mesmos separando-os manualmente. É o método utilizado na limpeza do feijão antes do cozimento.
Peneiração
Também conhecido como tamisação, este método é usado na separação de sistemas sólido-sólido, onde um dos dois componentes apresente granulometria que permita que o mesmo fique preso nas malhas de uma peneira.
Ventilação
Método de separação para sistemas sólido-sólido, onde um dos componentes pode ser arrastado por uma corrente de ar. Um bom exemplo é a separação da casca e do caroço do amendoim torrado.
Levigação
A água corrente arrasta o componente menos denso e o mais denso deposita-se no fundo do recipiente. Um bom exemplo é a lavagem da poeira do arroz.
Evaporação
Método de separação de misturas sólido-líquido por evaporação do solvente, também conhecido como cristalização. Em recipiente aberto, simplesmente permite-se que o solvente evapore, deixando o sólido. Nas salinas, o sal é obtido a partir da água do mar através deste processo.