Energia: acidente nuclear no Japão
Ativistas
contrários ao programa nuclear levantam cartazes e velas para formar
uma corrente humana em torno do Parlamento japonês, em Tóquio (Foto:
AFP Photo/Jiji press)
Energia é assunto cuja
presença é garantida nas provas. Os professores aconselham um estudo
aprofundado sobre vantagens e desvantagens das diferentes matrizes
energéticas do Brasil e dos principais atores globais. O
acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, após o
terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa nordeste do país, reacendeu a discussão sobre o assunto. Na Europa, a
Alemanha fechou metade de suas usinas e pretende aposentar mais nove reatores até 2022. No Brasil, o Plano Nacional de Energia
prevê a construção de quatro novas usinas
até 2030, além de Angra 1 e 2, que já operam, e Angra 3, que deve ser
inaugurada em 2015. Também no capítulo energia, vale lembrar as
controversias causadas pela construção da usina de Belo Monte, no Pará.
Planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte
vem provocando reações de grupos de preservação, que questionam os
impactos ambiental e humano.
Meio ambiente: Código Florestal, derramamento de petróleo e Rio+20
O desmatamento na região amazônica e a escassez de chuvas poderão transformar parte da floresta em savana (Foto: iStockphoto)
É bom preparar-se para questões sobre meio ambiente. O tema é
recorrente no Enem e nos vestibulares. No Brasil, ainda tramita no
Congresso Nacional o novo
Código Florestal,
que divide ambientalistas e ruralistas. Para os professores, é uma
oportunidade para questionamentos sobre sustentabilidade, utilização de
recursos naturais e até mesmo agronegócio. Dois derramamentos de
petróleo no litoral brasileiro – o
primeiro ocorrido em novembro de 2011 e o
segundo anunciado em março de 2012 – também apontam para a discussão de questões ambientais. É importante não perder de vista o
Rio+20,
conferência que acontece em junho na capital fluminense vinte anos após
a Eco92, histórica reunião que colocou o ativismo ambiental
definitivamente no debate mundial.
Meio ambiente: catástrofes naturais
Deslizamento de terra nos morros de Teresópolis (RJ) após fortes chuvas em 2011 - 12/01/2011 (Foto: Antonio Lacerda/EFE)
Do
terremoto no Japão às
enchentes que assolam cidades em diversas regiões do Brasil
periodicamente, os desastres naturais devem ser olhados com atenção.
Segundo os professores, é preciso diferenciar os acidentes causados
pela ação humana – como o episódio da tragédia na região serrana do Rio
de Janeiro – daqueles operados pela força da natureza, como o terremoto
que devastou parte do Japão. Em relação o primeiro exemplo, conceitos
como urbanização, ocupação territorial desordenada e déficit
habitacional devem ser estudados pelos candidatos. No segundo,
movimentos de placas tectônicas e formação de tempestades tropicais
precisam estar na ponta da língua.
Tecnologia: internet
Governo
sírio pretende bloquear sites de redes sociais com receio dos reflexos
da onda de protestos no mundo árabe (Foto: Muzaffar Salman/AP)
Em 2011, "Viver em rede no século XXI" foi o tema da redação do Enem. A
internet, ao que tudo indica, é um assunto que veio para ficar na
avaliação federal e é possível que se estenda a outros exames de
seleção. A utilização da ferramenta como catalisador de mobilizações
sociais,
como a Primavera Árabe,
pode motivar questões objetivas. Para os professores, no caso do Enem,
é importante ter uma visão crítica sobre tecnologia, já que o exame
costuma cobrar um posicionamento claro dos candidatos.
Geopolítica: papel do Brasil no cenário internacional
Dilma Rousseff durante fotografia oficial na Cúpula de Líderes do G20 - 4/11/2011 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A importância do Brasil enquanto ator global tem crescido nos últimos
anos e os desafios que o país enfrenta enquanto potência emergente
podem motivar questões nas provas. Desde o governo do ex-presidente
Lula, o Brasil busca uma vaga permanente no Conselho de Segurança da
ONU e os professores sugerem que os candidatos se debrucem sobre o
funcionamento dessa importante organização internacional. Em 2012, a
economia brasileira se consolidou como
sexta maior do mundo
e, por isso, é bom estar atento às principais atividades econômicas do
país também. A tentativa frustrada de mediação de conflitos
internacionais por parte do governo brasileiro também deve ser alvo de
atenção.
Crise econômica mundial
Placa
no escritório da Comissão Européia, em Dublin, com os dizeres:
'Desculpe, estamos fechados' (Foto: Cathal McNaughton/Reuters)
A indisciplina fiscal e o descontrole das contas públicas em países da
zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma
crise financeira sem precedentes. Os gregos amargam altos índices de desemprego –
mais da metade dos jovens não encontra trabalho. Em seguida, a Itália anunciou
oficialmente a recessão de sua economia. Enquanto isso,
a dívida pública bate recorde
na Espanha. De acordo com os professores, é importante entender os
caminhos que levaram o Velho Continente à crise e as consequências do
cenário devastador, inclusive para o Brasil. Questões sobre blocos
econômicos e a formação e solidificação da União Europeia também podem
aparecer em exames deste ano.
Geopolítica: 30 anos da Guerra das Malvinas
Placa na Argentina diz 'As Malvinas são argentinas' (Foto: Marcos Brindicci / Reuters)
As Ilhas Malvinas – Falkland para os britânicos – ficam a cerca de 500
quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela
Grã-Bretanha desde 1883. Isso já trouxe tensão entre os dois países,
que entraram em guerra em 1982. Derrotada em dois meses de conflito, a
Argentina se rendeu e os britânicos seguiram como donos do território,
onde hoje vivem hoje cerca de 3.000 pessoas. Recentemente, a presidente
argentina, Cristina Kirchner, decidiu reclamar novamente a soberania
sobre a ilha, o que reacendeu a tensão internacional. O assunto pode
suscitar questões sobre a ditadura argentina ou as antigas colônias
britânicas, como a Índia. O governo da premiê Margareth Tatcher, que
liderou a vitória da Grã-Bretanha na guerra, também pode aparecer no
Enem.
Geopolítica: Primavera Árabe
Em manifestação em Sanaa, mulher exibe mãos pintadas com cores das bandeiras da Líbia e do Iêmen (Foto: Mohammed Huwais/AFP)
A
onda de protestos
que varreu do poder o tunisiano Zine El Abidine Ben Ali e o egípcio
Hosni Mubarak alcançou o norte da África e diversos países do Oriente
Médio. A agitação em nações como Síria e Líbia pode motivar questões
conceituais sobre a região e seus conflitos, assim como a utilização da
internet como ferramenta de organização social. Perguntas envolvendo a
Guerra Fria e disputas pelo domínio do petróleo também podem aparecer.
Para os professores, um aspecto importante das revoltas no mundo
islâmico é a participação das mulheres, que lutam para ganhar espaço na
região.
Cidadania: eleições municipais
A urna eletrônica utilizada durante as eleições brasileiras (Foto: Nelson Junior)
Em outubro, os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e
vereadores. De acordo com os professores, questões sobre o processo
eleitoral brasileiro e comparações entre diferentes momentos da
história do Brasil podem aparecer nas provas. É importante ter em mente
a divisão política e administrativa do país e as atribuições de casa um
dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/nove-temas-da-atualidade-que-podem-cair-no-enem-e-nos-vestibulares-de-2012
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